quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O poder das palavras: descrever e prescrever


Desvelar o poder distintivo das palavras, e compreendê-las dentro de uma perspectiva da análise de uma conjuntura social repleta de tensões, este parece ser o objetivo principal da obra de Pierre Bourdieu, A economia das trocas linguísticas (Ce que parler veut dire, título original em francês), lançada em 2008 pela Edusp. A ideia de que “toda ação é uma conjuntura” busca empreender uma crítica a uma análise linguística que busca na singularidade da própria língua, no seu funcionamento interno, as explicações para os diferentes posicionamentos de emissores e receptores num dado momento de fala.

O livro é composto por nove textos agrupados em três partes: a primeira, na qual se estabelece a produção linguística sempre a partir do funcionamento de um mercado lingüístico; a segunda, cujo objeto principal é a constituição do poder simbólico instituído a partir da linguagem – ou das operações de nomeação; e a terceira, na qual são analisados três discursos (
Ser e tempo, de Martin Heidegger; Algumas observações críticas a respeito de “Ler O Capital”, de Étienne Balibar; e O espírito das leis, de Charles de Montesquieu).
Resenha publicada na Revista Rumores 
| edição 6 | Setembro-Dezembro de 2009
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